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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens na novela ...




Por Carmem Lucia Teixeira - Coord. Geral da Casa da Juventude Pe. Burnier - Goiânia/GO

No último sábado, 2 de outubro de 2010, a novela Passione, da Rede Globo, discutiu a questão da violência das drogas que mata jovens, retratando o caso específico de um jovem de classe alta, com conflitos na família, que se envolve com drogas, entra no mundo do crack e é assassinado. No fundo da cena em que a mãe e o irmão localizam o corpo do jovem no Instituto Médico Legal, é apresentado o cartaz da Campanha Nacional contra o Extermínio de Jovens, mobilizada pelas Pastorais da Juventude da Igreja Católica Apostólica Romana, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, pela Casa da Juventude Pe. Burnier e por várias outras entidades e movimentos sociais.

Sabemos que o extermínio de jovens não é uma ficção, mas é uma realidade brutal que alcança milhares de famílias que choram seus filhos que são empurrados para esta realidade de drogas, de modo especial com o crack. Na sua maioria são jovens do sexo masculino, negros, adolescentes. Esta realidade de morte, muitas vezes naturalizada entre nós, exige de nós uma postura de indignação, de romper com este modelo econômico que ceifa milhares de vida de jovens.

Não sabemos por que a Globo elegeu esta campanha para o momento dramático da mãe que perde o filho. Porém, colabora em afirmar, em nível nacional, no momento de auge do tema que debate sobre a morte de um jovem que foi empurrado pela morte por seu pai (que na novela representa a ganância, a corrupção, a falta de escrúpulos nos negócios e o desprezo da família).

Como a ficção sempre nos remete a uma situação da realidade, creio que a cena oportunizou a muitas mães chorarem junto com ela a morte de seus filhos. Esta é a forças das novelas, trazer para dentro de seu roteiro situações que nós nos identificamos. É também, espaço para provocar o debate de temas que estão nos interiores de nossas famílias e que muitas vezes não vem para o debate público.

As Pastorais da Juventude da ICAR vivem o profetismo de defender a vida do seu povo jovem. A Igreja, seguidora de Jesus, vêm a público denunciar a morte. Esta voz está sendo ouvida. Toda a Igreja é movida, como seguidora do Mestre da vida, a viver a sua condição de profeta que nos é dada pelo batismo.

Vamos assumir, com coragem e denunciar todas as situações de morte da juventude - tráfico humano, drogas, migrações em situações precárias, prostituições forçadas, etc. Vamos dizer sim a vida, não a morte.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pesquisa quer saber dos jovens a sua relação com as crenças e a cultura moderna

O Setor Universidades, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), desenvolvem uma pesquisa de aspectos culturais e crenças da juventude brasileira.
No link abaixo, o interessado terá acesso a um questionário especialmente elaborado para obter seu posicionamento a respeito de temas relacionados a aspectos culturais e crenças na atualidade.
“Sua contribuição nos ajudará a avaliar e qualificar a ação junto aos jovens e a promover projetos de estudos e publicações sobre a temática. O anonimato e a confidencialidade da pesquisa serão plenamente garantidos”, afirmou o coordenador nacional da Pastoral da Universidade pela ANEC, irmão Adriano Brollo.
Segundo os organizadores do questionário, a finalidade principal deste levantamento de dados consiste em dispor um conjunto de dados sobre aspectos culturais e de crenças da juventude do Brasil, com análises possíveis, úteis para o aperfeiçoamento, direto ou indireto, de iniciativas junto as juventudes.
O período de aplicação da pesquisa será de junho a outubro. Após esse período acontecerá a compilação e análise dos resultados, contando com o suporte técnico do Prof. Paulo Nogas (Professor de Estatística e Análise de Dados da Escola de Negócios da PUCPR).

Para preencher o questionário acesse o link abaixo: http://pucpr.qualtrics.com/SE/?SID=SV_b7bDbtJTZomH6Vm


quinta-feira, 29 de julho de 2010

2010: a juventude e os negros são as maiores vítimas de homicídios no Brasil

Homicídios caem no País, mas índices seguem altos, diz estudo

Um estudo realizado pelo Instituto Sangari, apontou queda no índice de assassinatos entre 1997 e 2007 no Brasil. No entanto, mais de 500 mil pessoas foram vítimas desse tipo de crime no País na década analisada, de acordo com o Mapa da Violência 2010: Anatomia dos Homicídios no Brasil.
O que mais preocupa, segundo alerta o levantamento, é a crescente incidência de mortes violentas entre jovens de 15 a 24 anos. Em 2007, apenas 18,6% da população brasileira se situava nessa faixa etária, que, em contrapartida, concentrou 36,6% dos homicídios registrados naquele ano.

Se a taxa de homicídios entre os não jovens apresentou tendência de declínio entre 1980 e 2007, passando de 21,1 para 19,8 em cada 100 mil habitantes, movimento contrário foi observado entre a juventude. O índice de assassinatos entre a população de 15 a 24 anos, que era de 30 em cada 100 mil jovens, em 1980, saltou para 50,1 em 2007.

Segundo o Mapa da Violência 2010, quase metade dos homicídios está relacionada à concentração de renda e são os jovens os mais afetados pelos efeitos deste indicador.

O estudo observou ainda que esses elevados níveis de violência homicida colocaram o Brasil bem à frente de países que enfrentaram conflitos armados na década de 1997 a 2007. O Mapa da Violência 2010 rebate a tese da violência juvenil como fenômeno mundial, atestando que os índices de vitimização juvenil no Brasil são "anormalmente" elevados dentro do contexto internacional.

De acordo com o estudo: "Morrem, aqui (no Brasil), por homicídio, proporcionalmente, 2,6 jovens para cada não jovem, índice pouco comum no mundo. Metade dos 79 países analisados não parece apresentar tais problemas de violência em sua juventude: ou porque morre, proporcionalmente, a mesma quantidade de jovens que não jovens, ou porque morrem menos jovens que pessoas fora dessa faixa etária".

Negros
A edição 2010 do Mapa da Violência apontou ainda o avanço das mortes violentas sobre a população negra. Enquanto houve redução de 18.852 para 14.308 - queda de 24,1% - dos homicídios entre os brancos no período de 2002 a 2007, entre os negros o número de vítimas subiu de 26.915 para 30.193 - crescimento de 12,2% - nestes cinco anos.

Em 2002, considerando as magnitudes populacionais, morriam proporcionalmente 45,8% mais negros que brancos. Em 2004 essa proporção eleva-se para 73,1%, para, em 2007, chegar à casa de 107,6%.

Interior
A distribuição espacial desses homicídios também experimentou mudanças ao longo da década descrita. De acordo com essa última edição do estudo, as taxas de assassinatos nas capitais caíram de 45,7 por 100 mil habitantes, em 1997, para 36,6 em 2007. Em compensação, no mesmo período, as ocorrências em municípios do interior subiram de 13,5 para 18,5.

Descrito como "interiorização da violência", o fenômeno não significa que os registros de homicídios no interior dos Estados sejam maiores que os dos grandes centros urbanos. Demonstra, entretanto, um movimento de expansão naquelas localidades.

Para acessar o Estudo CLIQUE AQUI!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

LIVRO: JUVENTUDE E POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta terça-feira, 19, o livro Juventude e Políticas Sociais no Brasil. A obra traz em suas 317 páginas e 12 capítulos uma apresentação e profunda análise das políticas públicas voltadas para os jovens.

Para mais informações e ou baixar o livro completo ou a apresentação do livro acessem: http://www.ipea.gov.br/default.jsp