Acerte seu relógio!!!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Convite do papa Francisco


Setembro/2013: o ardor missionário dos jovens

Brasília, 01 de Setembro de 2013.
Caros párocos e demais responsáveis pela evangelização da juventude no Brasil.
“Eu vos escrevi, jovens: sois fortes, a Palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o Maligno”. (1Jo 2,14)
Ainda sobre os efeitos, luzes e forças da JMJ, entramos no mês de setembro que nos recorda a necessidade de escutarmos a vontade de Deus registrada em sua Palavra, sempre nova e provocadora. Ela, que iluminou a caminhada da JMJ, continua convocando: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28). É o profeta Isaías quem nos encoraja a responder com firmeza:“Eis-me aqui, envia-me” (CF 2013). Ajudar os jovens a escutarem esta Palavra para entendê-la em sua beleza e profundidade, vivê-la na alegria e na generosidade é responsabilidade urgente a nós confiada.
Mais do que nos perguntarmos se os jovens têm se entusiasmado com a Palavra de Deus, devemos nos avaliar se somos, realmente, Palavra de Deus para eles e se estamos propiciando-lhes condições para isto. A admiração e a obediência à Palavra dependem de sua boa escuta, capaz de entusiasmar, converter, edificar, promover, construir. Vejam o Papa Francisco! Ele tem nos alegrado o coração com a redescoberta da Palavra de Deus que se transforma em cultura da acolhida e da solidariedade. Sua mensagem está escrita em seus olhares, gestos, surpresas de quem se deixa inundar pela força do amor divino.
A Jornada no Rio já terminou, e nossos jovens ainda estão “voltando para casa”, na esperança do novo! Estão entusiasmados e desejosos de darem mais de si, fazendo a diferença nos espaços eclesiais e sociais. Mas suas experiências e sentimentos estão sendo ouvidos com atenção? Nossas Comunidades eclesiais e nossos ambientes educativos estão interessados, realmente, neste novo que eles carregam como verdadeiro tesouro a ser partilhado? Que abraços e olhares eles estão recebendo?
Fico imaginando, agora, os jovens como aquele fogaréu que quer se espalhar rapidamente pela mata ou o vento forte que insiste em gritar nas ruas ou a água das chuvas que deseja inundar todos os recantos por onde passa.
Nesses dias ouvi de um jovem uma frase que me alegrou e, ao mesmo tempo, me incomodou:“Dom, com a JMJ e a pessoa do Papa Francisco agora dá orgulho de ser católico”.  E fiquei pensando: será que os jovens que estão ao nosso redor, que convivem conosco, que dependem de nossos serviços, poderiam dizer o mesmo de nós e de nossas estruturas? “Padre, nesta sua paróquia e com seu coração de pastor que valoriza os jovens, dá orgulho de ser católico!”, “Dona Maria, com esta catequese animada e na linguagem da gente, dá mais vontade de viver como discípulo de Cristo!”, “Irmã, com esta escola que nos forma para a vida e nos garante ambiente de família, me sinto motivado a fazer alguma coisa a mais pelos outros”, “Sr. José, ficar ao seu lado testemunhando seus gestos concretos de amor aos mais pobres me anima a exercer um trabalho voluntário em favor deles”! A Palavra de Deus só é realmente entendida e generosamente acolhida quando encarnada!
O ardor missionário provocado em nossos jovens nestes últimos tempos precisa encontrar pessoas, motivações, estruturas, projetos, ocasiões propícias para seu desenvolvimento. Preparemo-nos para o próximo mês… missionário! O DNJ (Dia Nacional da Juventude) está chegando e carrega em sua provocação bíblica mais um incentivo missionário: “Quanto a você, arregace suas mangas, levante-se e diga a eles tudo o que eu mandar. Não tenha medo!” (Jr 1,17). É importante adquirir pelas Edições da CNBB o subsídio do DNJ preparado com tanto esmero pelos dez jovens da Coordenação da Pastoral Juvenil Nacional. As POM (Pontifícias Obras Missionárias) também nos brindam com rico material para realizarmos a Campanha Missionária deste ano, com a Palavra de Deus nos iluminando: “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1,7b).
E mais! Vamos nos empenhar para fazer ressoar em nossas “casas” esta voz juvenil que ganhou destaque nesses últimos tempos. Em nível nacional realizaremos em Dezembro um importante momento com várias lideranças adultas e jovens para, juntos, fortalecermos nossos passos e encontrarmos novos caminhos em vista da revitalização da pastoral juvenil em nosso país. E em sua realidade (Regional, Diocese, Paróquia, Comunidade, Província, Expressão Juvenil) o que está sendo programado neste sentido? Que tal garantir nas reuniões, encontros e assembleias deste segundo semestre um espaço privilegiado para se tratar deste assunto e determinar algumas posturas, atividades, processos em vista da juventude?
Permaneçamos unidos na Palavra de Deus que nos chama, nos consagra, nos capacita, nos envia aos jovens para amá-los e servi-los com o coração de pastores e pastoras de Jesus Cristo.
Com estima,
 Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Relato do Jovem Gabriel Simões sobre a JMJ Rio 2013

Tudo começou na semana missionária que antecede à jornada.  Na minha cidade,  recebemos de Botswana,  Chile,  Tailândia,  Itália e Filipinas...  Como foi prazeroso conhecer novas culturas, e conversar em inglês no meu próprio país. O mais interessante é que ninguém falou "aff, você é católico", porque todos estavam reunidos no nome Dele.
Então, peguei um ônibus com meus pais, para voltar para a casa de minha avó, onde estava "hospedado". O ônibus foi lotado de peregrinos, que brincavam sem parar. Lá, a minha família cantou parabéns, algo que eu realmente não esperava. Nem precisava de bolo ou algo assim, tudo aquilo já havia sido o maior presente que eu podia receber.
Na volta, no carro, refleti sobre tudo que passei. Nada como falar em inglês, às vezes até mesmo com brasileiros, de tão empolgado que estava. Nada dormir com as costas na areia, e acordar sentindo os pés diferente que no cotidiano. Nada como cantar, dançar, orar, aprender, ouvir, e ser abençoado como nunca antes.
Participei de missas em outras línguas, catequeses em Inglês, pulei corda de um jeito diferente com os botsuanos, joguei basquete com os mesmos, rezei o Pai-Nosso e o Rosário em várias línguas... Foi uma experiência única! Vocês não tem ideia de como os botsuanos, e acredito que muitos africanos devem ser assim, cantavam lindamente!

Infelizmente não poderia participar a Jornada porque não tinha idade para ir com a minha paróquia e as minhas aulas começavam nessa semana. Ah, passei a semana inteira pensando como deveria estar divertido e prazeroso lá. Perto do fim de semana, meus pais me disseram que iríamos para o Rio e participaríamos da missa. Que alegria encheu o meu coração!

A princípio eu não iria para a vigília, porque meu pai teria que dirigir no caminho de volta no dia seguinte, e ficaria muito cansado. Mas o Sérgio se ofereceu para me levar, e aí começou a alegria...
Meu coração se encheu de felicidade ao ver tantos jovens reunidos para rezar,  e aguardar o dia da JMJ. Consegui me encontrar com os amigos de minha paróquia. Montamos nossas barracas, alguns foram dormir e outros aguardaram pela madrugada. Aqueles que ficaram acordados se reuniram com os  "vizinhos de praia" para cantar e dançar. Foi bem divertido. Era meu aniversário, então me colocaram no meio da roda e cantaram um "parabéns", que provavelmente ficará marcado para sempre.
Eu sou o mais pra esquerda, haha! Esse era um pessoal que estava comigo.
Fui dormir e acordei cedo para ver o nascer do sol. Tinha chovido e feito frio durante a semana, mas aquele dia o sol se pusera a iluminar o dia lindamente. Arrumamos tudo e guardamos as barracas. Aí, que momento incrível, vimos o Papa passar com seu olhar humilde, a nos abençoar.



Estávamos bem longe do telão,  então nos movimentamos até um local em que pudéssemos ver (era o último telão). Toda a missa foi maravilhosa! Incrível foi ver quase 4 milhões de jovens sentados para escutar o seu pastor, o Papa. Fazia-se um silêncio, não se ouvia murmúrios, conversas, somente a voz do Santo Padre a nos orientar.
Por fim, o pessoal que havia passado a pré-jornada aqui teve que voltar para minha cidade, para depois ir para casa. Depois fui descobrir que, em meio a vários problemas de transporte, meus amigos tiveram que passar uma noite na casa de uma senhora, uma casa grande e muito simples. Essa moça não tinha nenhuma obrigação de ajudá-los, mas ela abrigou cerca de cem peregrinos e alimentou-os fartamente, não parando um minuto desde que acordou.
E nesses amigos estava o Romer, um filipino, que foi a melhor pessoa que eu conheci em toda a Jornada. Ele ficaria mais um dia na casa que o hospedou, e depois partiria de volta para casa. Eu tinha ganho de aniversário uma camisa da JMJ, do Sérgio. Eu então visitei ele, e pedí que escrevesse nas costas da camisa. Fiquei muito tempo conversando, em inglês, e como foi bom conversar sobre o que passamos.
"Obrigado pela amizade... Vou sentir sua falta... Sempre se cuide! Romer =) , Filipinas."
Aqui acaba o meu relato dizendo, vamos para a Cracóvia!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Programação DNJ 2013 - Forania Central



            Data: 03/11/13
            Local: Seminário São José
           
            Tema: Juventude e Missão
Jovem, levante-se e seja fermento!
  Lema: “Quanto a você, arregace suas mangas, levante-se e diga a eles tudo o que eu mandar: Não tenha medo! Cf. Jr 1, 17

HORÁRIO
ATIVIDADE
8:00
Acolhida
Celebração Eucarística com Dom Manoel



Lanche Partilhado
11:15
Palestra: Diácono Francisco José
11:30
Oficinas
13:00
Almoço
14:30
Animação
14:45
Apresentação das Oficinas
16:00
Oração de Encerramento

Louvor
17:00
Encerramento

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

DNJ 2013


Carta de Dom Eduardo Agosto/13

Brasília, 01 de Agosto de 2013.
Caros responsáveis pela evangelização da juventude.
“Gracias a los Hermanos Obispos, a los sacerdotes, a los seminaristas, a las personas consagradas y a los fieles laicos que acompañan a los jóvenes [...]
en su peregrinación hacia Jesús.” (Papa Francisco)

Quantas graças recebidas pelas palavras, pelos testemunhos, pela convivência daqueles que participaram, física ou virtualmente, da JMJ Rio 2013! A voz de nosso Pastor, o Papa Francisco, ele, também, peregrino, ainda ressoa em nossos corações desejando que o acolhamos na efetivação de nossos trabalhos a favor dos jovens. Quanta riqueza em uma semana! Recordemos, saboreando-as, as palavras de quem falou com os olhos, com o coração, com o sorriso, com as mãos abençoadas.
No dia 22 de julho, horas antes de chegar em nosso país, durante o voo ao Brasil, Papa Francisco disse aos jornalistas: “… quando isolamos os jovens, praticamos uma injustiça: despojamo-los da sua pertença. Os jovens têm uma pertença: pertença a uma família, a uma pátria, a uma cultura, a uma fé… Eles têm uma pertença, e não devemos isolá-los! Sobretudo não devemos isolá-los inteiramente da sociedade! Eles são verdadeiramente o futuro de um povo! Isto é verdade; mas não o são somente eles: eles são o futuro, porque têm a força, são jovens, continuarão para diante. Mas também, no outro extremo da vida, os idosos são o futuro de um povo.”
Assim que chegou, na Cerimônia de Boas-Vindas, ele nos chamou a atenção para considerarmos o valor que o jovem tem em nosso meio:
 “Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade.Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens “botam fé” em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos.”
“… ao dirigir-me aos jovens, falarei às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações.”
“Os pais usam dizer por aqui: “os filhos são a menina dos nossos olhos”. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente?”
A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo. É a janela e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço. Isso significa: tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos. Com essas atitudes precedemos hoje o futuro que entra pela janela dos jovens.”
No dia 24, aos pés da Mãe Aparecida, em seu Santuário Nacional, o Papa suplicou pela nossa responsabilidade de educadores e evangelizadores de jovens: “Assim, de cara à Jornada Mundial da Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um País e de um mundo mais justo, solidário e fraterno.”
“Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade. Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo.”
Na tarde do mesmo dia, no Hospital São Francisco de Assis, o Papa pediu-nos maior atenção na luta contra o mundo das drogas e nos gestos de solidariedade diante dos atingidos por elas:“A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia a dor e a morte, exige da inteira sociedade um ato de coragem. Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química. É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro. Precisamos todos de olhar o outro com os olhos de amor de Cristo, aprender a abraçar quem passa necessidade, para expressar solidariedade, afeto e amor.”
Na Comunidade de Varginha, no dia 25, nosso Pastor recordou que há valores que deverão ser sempre defendidos para a vida da juventude:“Não existe verdadeira promoção do bem-comum, nem verdadeiro desenvolvimento do homem, quando se ignoram os pilares fundamentais que sustentam uma nação, os seus bens imateriais: a vida, que é dom de Deus, um valor que deve ser sempre tutelado e promovido; a família, fundamento da convivência e remédio contra a desagregação social; a educação integral, que não se reduz a uma simples transmissão de informações com o fim de gerar lucro; a saúde, que deve buscar o bem-estar integral da pessoa, incluindo a dimensão espiritual, que é essencial para o equilíbrio humano e uma convivência saudável; a segurança, na convicção de que a violência só pode ser vencida a partir da mudança do coração humano.”
Na noite do mesmo dia, na Festa da Acolhida, o Papa Francisco nos diz: “«Bote fé». A cruz da Jornada Mundial da Juventude peregrinou através do Brasil inteiro com este apelo. «Bote fé»: o que significa? Quando se prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então “bota” o sal; falta o azeite, então «bota» o azeite… «Botar», ou seja, colocar, derramar. É assim também na nossa vida, queridos jovens: se queremos que ela tenha realmente sentido e plenitude, como vocês mesmos desejam e merecem, digo a cada um e a cada uma de vocês: «bote fé» e a vida terá um sabor novo, a vida terá uma bússola que indica a direção; «bote esperança» e todos os seus dias serão iluminados e o seu horizonte já não será escuro, mas luminoso; «bote amor» e a sua existência será como uma casa construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque encontrará muitos amigos que caminham com você. «Bote fé», «bote esperança», «bote amor»!”
Mais uma vez o tema da família é ressaltado pelo Papa ao recordar, no Angelus do dia 26, a figura dos pais de Nossa Senhora:“São Joaquim e Sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu a fé e o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da famíliacomo lugar privilegiado para transmitir a fé!”
Na Via-Sacra à noite, o Papa nos falou da presença de Jesus nas cruzes dos jovens: “… Na Cruz, Jesus está junto a tantos jovens que perderam a confiança em instituições políticas porque veem o egoísmo e a corrupção, ou que perderam sua fé na Igreja e inclusive em Deus pela incoerência dos cristãos e dos ministros do Evangelho. Quanto nossas incoerências fazem Cristo sofrer.”
A entrevista do Papa com o Jornalista Gerson Camarotti, no dia 29, destacou pontos importantes para nosso trabalho junto aos jovens:
 “… um jovem que não protesta não me agrada. Porque o jovem tem a ilusão da utopia, e a utopia não é sempre ruim. A utopia é respirar e olhar adiante. O jovem é mais espontâneo. Menos experiência de vida, é verdade. Mas às vezes a experiência nos freia. E ele tem mais energia para defender suas ideias. O jovem é essencialmente um inconformista. E isso é muito lindo! Isso é algo comum a todos os jovens. Então eu diria que, de uma forma geral, é preciso ouvir os jovens, dar lugares de se expressar, e cuidar para que não sejam manipulados. Porque há tanta exploração de pessoas -  trabalho escravo, por exemplo – há tantos tipos de exploração… Eu me atreveria a dizer uma coisa, sem ofender. Há pessoas que buscam a exploração de jovens. Manipulando essa ilusão, esse inconformismo que existe. E depois arruínam a vida dos jovens. Portanto, cuidado com a manipulação dos jovens. Temos sempre que ouvi-los. Cuidado. Na família, um pai, uma mãe que não escutam o filho jovem, o isolam, geram tristeza na alma dele. E não experimentam uma troca enriquecedora. Sempre há riqueza. Evidentemente, com inexperiência. Mas é preciso ouvi-los. E defendê-los de manipulações diversas – ideológica, sociológica. O caminho é ouvir, dar-lhes voz.”
(Quanto às atuais Manifestações) O que está acontecendo com os jovens no Brasil não sei. Mas, por favor, que não os manipulem, que os escutem, porque  esse é um fenômeno mundial, que vai muito além do Brasil.”
“Creio que é preciso estimular uma cultura do encontro, em todo o mundo. No mundo todo. De modo que cada um sinta a necessidade de dar à humanidade os valores éticos de que a humanidade necessita. E defender esta realidade humana. Nesse aspecto, acho que é importante que todos trabalhemos pelos outros, podar o egoísmo. Um trabalho pelos outros segundo os valores da sua fé. Cada religião tem suas crenças. Mas, dentro dos valores de sua própria fé, trabalhar pelo próximo. E nos encontrarmos todos para trabalhar pelos outros.” (cf.http://g1.globo.com/platb/blog-do-camarotti/2013/07/29/leia-a-entrevista-exclusiva-do-papa-francisco/)
Ao celebrar a Missa na manhã do dia 27, na Catedral, o Papa deixou seu precioso recado aos Bispos, Sacerdotes, Religiosos, Seminaristas:
 “… queremos anunciar o Evangelho a nossos jovens para que encontrem a Cristo e se convertam em construtores de um mundo mais fraterno.”
“Chamados a anunciar o Evangelho. Muitos de vocês, queridos bispos e sacerdotes, talvez todos, vieram para acompanhar os jovens à Jornada Mundial da Juventude. Também eles escutaram as palavras do mandato de Jesus: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (cf. Mt 28,19).Nosso compromisso de pastores é ajudá-los a que arda em seu coração o desejo de ser discípulos missionários de Cristo. Certamente, muitos poderiam sentir-se um pouco assustados diante desse convite, pensando que ser missionários significa necessariamente abandonar o país, a família e os amigos. Deus quer que sejamos missionários. Onde estamos? Onde Ele nos põe: em nossa pátria, ou onde ele nos ponha. Ajudemos os jovens a dar-se conta que ser discípulos missionários é uma consequência de ser batizados, é parte essencial de ser cristão, e que o primeiro lugar o de se deve evangelizar é a própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família ou os amigos. Ajudemos os jovens. Ponhamos os ouvidos para escutar suas ilusões. Necessitam ser escutados. Para escutar seus êxitos, para escutar suas dificuldades, deve-se estar sentado, escutando talvez o mesmo livro, mas com música diferente, com identidades diferentes. A paciência de escutar! Isso peço de todo coração. No confessionário, na direção espiritual, no acompanhamento. Saibamos perder o tempo com eles. Semear custa e cansa, cansa muitíssimo! E é muito mais gratificante alegrar-se com a colheita… Que bom! Todos nos alegramos mais com a colheita! Mas Jesus nos pede que semeemos seriamente. Não meçamos esforços na formação dos jovens. São Paulo, dirigindo-se aos seus cristãos, utiliza uma expressão, que ele tornou realidade em sua vida. “Meus filhos, por vós sinto, de novo, as dores do parto, até Cristo ser formado em vós.” (Gl 4,19). Que também nós a façamos realidade em nosso ministério. Ajudar a nossos jovens a redescobrir o valor e a alegria da fé, a alegria de ser amados pessoalmente por Deus. Isso é muito difícil, mas quando um jovem entende, quando sente com a unção que o Espírito Santo lhe dá, esse ser abençoado pessoalmente por Deus o acompanha por toda a vida. A alegria que deu a Seu Filho Jesus por nossa salvação. Educá-los na missão, a sair, a por-se em marcha, a estar sempre nas ruas pela fé. Assim fez Jesus com seus discípulos: não os manteve apegados a Ele como a galinha aos pintinhos; os enviou. Não podemos ficar enclausurados na paróquia, em nossa comunidade, em nossa instituição paroquial ou em nossa instituição diocesana quando tantas pessoas estão esperando o Evangelho. Sair, enviados. Não é um simples abrir a porta para que venham, para acolher, mas sair pela porta para buscar e encontrar. Empurremos os jovens para que saiam.Claro que eles vão meter os pés pelas mãos. Não tenhamos medo! Os apóstolos fizeram isso antes de nós. Empurremos eles para sair! Vamos com decisão na pastoral a partir da periferia, começando pelos que estão mais afastados, os que não costumam frequentar a paróquia. Eles são os convidados VIP. Nas encruzilhadas dos caminhos, vamos buscá-los.”

Aos dirigentes do Brasil, o Papa Francisco disse no dia 27: Somos responsáveis pela formação de novas gerações, por ajudá-las a ser hábeis na economia e na política, e firmes nos valores éticos.”
“O diálogo entre as gerações, o diálogo no povo, porque todos somos povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade. Um país cresce, quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais: a cultura popular, a cultura universitária, a cultura juvenil, a cultura artística e a cultura tecnológica, a cultura econômica e a cultura da família, e a cultura da mídia.” 
Horas depois, disse aos Bispos do Brasil: “Nas ruas do Rio, jovens de todo o mundo e muitas outras multidões estão esperando por nós, necessitados de serem envolvidos pelo olhar misericordioso de Cristo Bom Pastor, que nós somos chamados a tornar presente.”
“… ambos constituem a esperança de um povo: os jovens, porque eles carregam a força, o sonho, a esperança do futuro, e os idosos, porque eles são a memória, a sabedoria de um povo.”
“Na missão, mesmo continental, é muito importante reforçar a família, que permanece célula essencial para a sociedade e para a Igreja; os jovens, que são o rosto futuro da Igreja; asmulheres, que têm um papel fundamental na transmissão da fé e constituem uma força quotidiana que faz evoluir uma sociedade e a renova.”
Em entrevista à Rádio da Arquidiocese do Rio de Janeiro, no dia 27, nosso Pastor reforçou a urgência da solidariedade e do valor da família:
“Que todos trabalhemos por esta palavra que hoje em dia não é bem aceita: solidariedade. É uma palavra que procuram deixar de lado, sempre, porque incômoda. Todavia, é uma palavra que reflete os valores humanos e cristãos que hoje nos pedem para ir contra; da cultura do descartável, de que tudo é descartável.”
“Uma cultura que sempre deixa as pessoas de fora: deixa à margem as crianças, deixa à margem os jovens, deixa à margem os idosos, deixa fora aos que não servem, aos que não produzem, e isso não pode acontecer. Invés, a solidariedade, coloca todos dentro. Devem seguir trabalhando por esta cultura da solidariedade e pelo Evangelho”.
 “Não somente diria que a família é importante para a evangelização do novo mundo. A família é importante, é necessária para a sobrevivência da humanidade. Se não existe a família, a sobrevivência cultural da humanidade corre perigo. É a base, nos apeteça ou não: a família”.
Como o Papa, animemos os jovens a exercerem sua vocação de protagonistas de um mundo melhor (Cf. Vigília de Oração, 27/07/2013):
“Também hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Queridos jovens, o Senhor precisa de vocês! Ele também hoje chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja e ser missionário. Hoje, queridos jovens, o Senhor lhes chama!”
“Eu lhes pergunto: Querem construir a Igreja? Se animam uns aos outros a fazê-lo? [...] Somos parte da Igreja; mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história.Jovens, por favor, não se ponham na «cauda» da história. Sejam protagonistas. Joguem ao ataque! Chutem para diante, construam um mundo melhor, um mundo de irmãos, um mundo de justiça, de amor, de paz, de fraternidade, de solidariedade. Jogai sempre ao ataque! São Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe 2,5).
“O coração de vocês, coração jovem, quer construir um mundo melhor. Acompanho as notícias do mundo e vejo que muitos jovens, em tantas partes do mundo, saíram pelas estradas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens nas estradas; são jovens que querem ser protagonistas da mudança. Por favor, não deixem para outros o ser protagonistas da mudança! Vocês são aqueles que têm o futuro! Vocês… Através de vocês, entra o futuro no mundo. Também a vocês, eu peço para serem protagonistas desta mudança. Continuem a vencer a apatia, dando uma resposta cristã às inquietações sociais e políticas que estão surgindo em várias partes do mundo. Peço-lhes para serem construtores do mundo, trabalharem por um mundo melhor.”
Ao encerrar a JMJ, no domingo, o Papa recordou aos jovens a sua vocação missionária e exortou aos sacerdotes para acompanhá-los:
“Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).”
Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente.”
A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês!”
“Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Certamente isso lhes rejuvenesceu a todos. O jovem contagia-nos com a sua juventude. Mas esta é apenas uma etapa do caminho. Por favor, continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos! E aqui desejo agradecer cordialmente aos grupos de pastoral juvenil, aos movimentos e novas comunidades que acompanham os jovens na sua experiência de serem Igreja, tão criativos e tão audazes. Sigam em frente e não tenham medo!”
Precisamos auxiliar os jovens no seu discernimento vocacional. A vocação foi o principal tema abordado na tarde do dia 28 no encontro com os jovens voluntários da JMJ: “Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-lo, responder à própria vocação é caminhar para a realização feliz de si mesmo. A todos Deus nos chama à santidade, a viver a sua vida, mas tem um caminho para cada um. Alguns são chamados a se santificar constituindo uma família através do sacramento do Matrimônio. Há quem diga que hoje o casamento está “fora de moda” [...]. Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é “curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, crê que vocês não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. E tenham também a coragem de ser felizes!”
Saibamos todos nós, com o mesmo carinho e atenção do nosso Papa, dizer com palavras, gestos e trabalhos: “Queridos jovens, Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês!”
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

sábado, 10 de agosto de 2013

Mapeamento dos Grupos de Jovens

Para facilitar os trabalhos com a juventude da Diocese de Petrolina, pedimos que todos os grupos de jovens, movimentos e todos os seguimentos que trabalham com a juventude, preencham o cadastro para que possamos fazer um mapeamento da quantidade de grupos de jovens existem.

Desde já agradecemos pela atenção.

Clique no link http://www.4shared.com/office/I45B_1zN/MAPEAMENTO_DOS_GRUPOS_DE_JOVEN.html para baixar o cadastro de mapeamento e enviar preenchida para o e-mail monymat_ffpp@hotmail.com ou setorjuventudepetrolina@gmail.com


Convite aos jovens que foram para a JMJ Rio 2013

CONVITE

Convidamos todos os jovens da Diocese de Petrolina que participaram da JMJ RIO 2013, a pedido do nosso Bispo Diocesano Dom Manoel, para que se façam presentes na Festa de Nossa Senhora Rainha dos Anjos no dia 14/08 às 19:30 na Igreja Catedral. 

No momento, Dom Manoel apresentará a Assembleia todos os jovens que representaram a Diocese na jornada. Pedimos também que usem a camisa da jornada para estarmos todos em comunhão.

Abraços fraternos.

sábado, 3 de agosto de 2013

Depoimento da Peregrina Bruna Lorrane sobre a JMJ Rio 2013



JMJ 2013...INDESCRITÍVEL, ALÍ ACONTECEU UM PENTECOSTES!
Dos quatro cantos da terra, povos unidos num só coração, Jovens com sede de Deus abraçados pelo CRISTO REDENTOR! 
Um momento santo, sublime, Inexplicável! 
A oração e alegria, companhias dos nossos dias, o silêncio meditado que em multidão imensa vinha com respeito na hora certa!
A música e a dança, formas de agradecimento ao pai dos céus por tantas graças!
Sentimos a presença do Espírito Santo e de nossa Mãezinha do céu a nos iluminar!
Saímos do Rio São Francisco rumo ao Rio de Janeiro POR CAUSA de Cristo e rumo ao encontro com o Papa Francisco!
Enfrentamos muita chuva e frio, mas nada disso nos deixou desanimados!
A chuva simplesmente foi sinal de Deus, nos fez mais perseverantes e mesmo, muitas vezes, encharcados de chuva sorriamos porque simplesmente estávamos encharcados do Rio de Água Viva...
O amor ao próximo foi algo muito presente: Pessoas que não se conheciam ajudavam umas as outras! Seres humanos que a todo tempo, com paciência e ternura, levavam junto de si pessoas portadoras de necessidades especiais para todos os momentos da JMJ, sempre com um carinho especial, sempre com solidariedade!
Havia cuidado, zelo e amizade, havia Cristo!
O cumprimento caloroso em línguas diferentes, o olhar de misericórdia... quanta paz!
A alegria de ver de perto o sucessor de Pedro, o nosso Amigo Papa Francisco, receber a sua benção, ouvir os seus conselhos, inspiração vinda do céu!
Nos tornamos amigos pela fé, cada um deixou a sua marca especial, desde aquela pessoa do ar condicionado, do cadeado da chave perdida, do menino que não se aquietava no avião e dizia ser meu pai, dos casais apaixonados, de Chapolim colorado, dos guias turísticos que gritavam “Olha a capa”, da acolhida dos primos do Escalada, da Ismurfete, do que dizia “Ai que saudades da Bruninha”, do povo de Orocó, Dormentes, Juazeiro, Santa Cruz e Petrolina, até os anônimos, mas que mesmo anônimos deixaram marcas do eterno...
Quantas vezes tentávamos “hablar español” (mesmo errado...kkkk) somente para estarmos mais próximos de nuestros Hermanos!? É isso que Deus quer de nós, proximidade com o irmão e com isto, estaremos sempre próximo Dele!
Temos que ter coragem de remar contra a corrente!
Somos a juventude de Cristo, somos a juventude do papa!

JMJ Rio 2013 foi uma benção




Acabamos de realizar em nosso país, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro, a XXVIII Jornada Mundial da Juventude que foi, certamente, um acontecimento eclesial de grande alcance, pois vislumbramos, no dia a dia da JMJ, um sólido e excepcional testemunho de fé, por parte de milhares de jovens provenientes de 175 países que, juntos, edificaram um momento forte de evangelização nas celebrações, nas catequeses, nas filas dos transportes públicos e das lanchonetes. Por tudo que vivenciamos na JMJ, hoje, podemos afirmar que este evento eclesial foi um acontecimento abençoado que já deixou suas marcas e expressões na história da Igreja do nosso país e, em especial, em nossos corações que estão agora abrasados pela esperança de construirmos um mundo melhor.
Podemos afirmar, com viva gratidão a Cristo, que, graças à JMJ Rio 2013, nós fomos abençoados. Com entusiasmo, ardor no coração e nobres desejos em nossas almas, nós mostramos ao mundo, mais uma vez, o rosto jovem da Igreja e o alcance da vida em estado de graça. Fomos abençoados porque sentimos e demonstramos que a JMJ não é só uma festa, mas também um sério compromisso espiritual. Fomos abençoados porque, naqueles dias memoráveis, o Rio de Janeiro e, de forma singular, a praia de Copacabana, tornou-se o cenáculo de um novo Pentecostes, com as portas abertas para a expansão da obra missionária da Igreja. O Divino Espírito soprou, com suavidade, em nossos ouvidos, sussurrou novos ideais, ajudou-nos a construir novas possibilidades de apostolado e reafirmou a certeza de que participar da Igreja é sempre um privilégio, uma imensa graça.
Por tudo que vivenciamos nesta JMJ, neste exato momento, impulsionados pelo Espírito Santo que recebemos neste evento eclesial, em nossa alma paira a convicção de que podemos fazer muito mais pela evangelização da juventude e, por isso, devemos abrir uma nova etapa no apostolado da juventude, ratificando a necessidade do protagonismo dos jovens na evangelização de seus companheiros de juventude. Na JMJ, nós fomos abençoados porque fomos tocados pelos ensinamentos do Santo Padre, o Papa Francisco, que nos falou sobre caridade, perdão, santidade, missões, humildade, discipulado e acolhimento. Fomos abençoados, pois, em comunidade, vivemos o desapego, a pobreza, a generosidade e expressamos nossa preocupação com o bem estar do nosso próximo.
De um modo especial, eu levo em meu coração, como gesto de amor desta JMJ, um episódio que eu testemunhei em um restaurante de Copacabana: um jovem rapaz, com necessidades especiais, que apresentava limitações nas duas mãos, almoçava uma macarronada, sentado ao lado de seu irmão peregrino. Dois pratos, dois garfos, duas facas, mas um só coração, pois, na cadência do amor sem reservas, o irmão servia a macarronada na boca de seu irmão com necessidades especiais e, com cuidado e zelo, passava o guardanapo em sua boca. Tudo era extremamente belo e cadenciado: uma porção da macarronada para cada um, seguidamente. Pratos diferentes, talheres distintos, mas unidade nos traços da familiaridade que se expressava ao redor da mesa. Naquele instante, no silêncio de minha alma, agradeci a Deus o dom de se ter um irmão. Mais ainda, eu agradeci a graça de poder ter encontrado, naquele dia, um irmão que compartilha suas mãos com o próximo, um irmão que apresenta ao irmão com necessidades a possibilidade de uma vida com excelência, excelência de caridade que extravasa na generosidade, na doação e na entrega. Diante do testemunho daquele jovem rapaz, eu tenho me questionado: o que tenho feito para tornar mais plena a vida do meu irmão? O que tenho feito para ajudar um irmão ou uma irmã a descobrir Cristo?  No testemunho daquele jovem, percebi que somente é necessário ter um coração repleto de amor para com Deus e para com o próximo para sermos verdadeiramente felizes e fazermos os outros felizes, pois o amor nos impele a compartilhar nossas mãos, nossos braços, nossas vidas e os tesouros inestimáveis da fé, da esperança e da caridade.
Gestos de caridade e de humildade. Encontros e reencontros. Momentos de silêncio para se poder ouvir a voz suave de Jesus Cristo. Assim foi a JMJ Rio 2013. Um acontecimento singular operado pela misericórdia de Deus. A JMJ foi também um canto de paz e de santidade que entoamos, em uníssono, testemunhando a beleza da Igreja, Corpo Místico de Cristo. Foi ainda um intenso momento de contemplação do mistério do Verbo que se fez Homem para a nossa salvação e, por tudo, hoje, com renovada gratidão, temos que agradecer ao Cristo a graça de termos sidos testemunhas históricas deste evento eclesial que fortaleceu nossa pertença a Ele e à Igreja. Por tudo isso, neste momento, devemos suplicar a intercessão da Virgem Maria, a Nossa Senhora Aparecida, para que nos conceda a fortaleza, a justiça e a coragem necessárias para dirigirmos um olhar de novas possibilidades de evangelização para os nossos ambientes, para as nossas cidades e para os recantos mais distantes de nosso país que ainda espera o anúncio da Palavra salvífica. Doce Mãe, ajude-nos a sermos jovens discípulos missionários de seu Filho, Jesus Cristo. Amém!

Fonte: Jovens Conectados

Cracóvia será sede da próxima JMJ em 2016



A próxima Jornada Mundial da Juventude será realizada em Cracóvia, na Polônia, em 2016. O anúncio foi feito pelo Papa Francisco, ao final da reflexão que precede a Oração marina do Angelus, recitada ao término da Missa de encerramento da JMJ Rio2013.
O Papa iniciou sua reflexão agradecendo a Deus as graças recebidas durante a Jornada Mundial da Juventude, e também ao Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta e ao Cardeal Rilko, pelas palavras a ele dirigidas. Por fim, agradeceu a todos os jovens pela alegria vivida nestes dias, “levo a cada um de vocês no meu coração”.
Francisco convidou todos a voltarem seu olhar à Mãe do Céu, a Virgem Maria, lembrando também a todos que nestas dias Jesus “repetiu com insistência o convite para serem seus discípulos-missionários. Vocês escutaram a voz do Bom Pastor que lhes chamou pelo nome e vocês reconheceram a voz que lhes chamava”. E perguntou:
“Não é verdade que, nesta voz que ressoou nos seus corações, vocês sentiram a ternura do amor de Deus? Não é verdade que vocês experimentaram a beleza de seguir a Cristo, juntos, na Igreja? Não é verdade que vocês compreenderam melhor que o Evangelho é a resposta ao desejo de uma vida ainda mais plena?”
Referindo-se a Virgem Imaculada – que sempre intercede por nós no Céu como uma boa mãe que cuida dos seus filhos – Francisco recordou que “cada vez que rezamos o Angelus, recordamos o acontecimento que mudou para sempre a história dos homens”. E falando das atitudes de Maria diante do anúncio do anjo e de sua visita à prima Isabel para realizar “um gesto de amor, de caridade, de serviço concreto, levando Jesus que trazia no ventre”, o Papa afirmou:
“Eis aqui, queridos amigos o nosso modelo. Aquela que recebeu o dom mais precioso de Deus, como primeiro gesto de resposta, põe-se a caminho para servir e levar Jesus. Peçamos a Nossa Senhora que também nos ajude a transmitir a alegria de Cristo aos nossos familiares, aos nossos companheiros, aos nossos amigos, a todas as pessoas. Nunca tenham medo de ser generosos com Cristo! Vale a pena! Sair e ir com coragem e generosidade, para que cada homem e cada mulher possa encontrar o Senhor”.
E ao final o tão esperado anúncio:
“Queridos jovens, temos encontro marcado na próxima Jornada Mundial da Juventude, no ano de 2016 em Cracóvia, na Polônia. Pela intercessão materna de Maria, peçamos a luz do Espírito Santo sobre o caminho que nos levará a esta nova etapa da jubilosa celebração da fé e do amor de Cristo”.
Após a Oração do Angelus, Papa Francisco incensou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, confiando a ela a próxima Jornada Mundial da Juventude.

Homilia do Papa Francisco na missa de envio na JMJ Rio 2013




Venerados e amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos jovens! 

«Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: «Foibom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra,mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão! Hoje, àluz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.

1. Ide. Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lojuntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequenogrupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé éuma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar eprofessar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).

Mas, atenção! Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda aIgreja, também a você. É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, dofato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deua sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homenslivres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.

Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, maisacolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferiasexistenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calorda sua misericórdia e do seu amor. 

De forma especial, queria que este mandato de Cristo -“Ide” - ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisade Cristo! Paulo exclama: «Ai de mim se eu não pregar o evangelho!» (1Co 9,16). Este Continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto. Agora este anúncio é confiado também a vocês, para queressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhescaracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenasdezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a serpercorrido!

2. Sem medo. Alguém poderia pensar: «Eu não tenho nenhuma preparação especial, como é que posso ir e anunciaro Evangelho»? Querido amigo, esse seu temor não é muito diferente do sentimento que teve Jeremias, um jovem como vocês,quando foi chamado por Deus para ser profeta. Acabamos de escutar as suas palavras: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar,sou muito novo». Deus responde a vocês com as mesmas palavras dirigidas a Jeremias: «Não tenhas medo... pois estou contigo para defender-te» (Jr 1,8). Deus está conosco!

«Não tenham medo!» Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós!Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês! 

Além disso, Jesus não disse: «Vai», mas «Ide»: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhiade toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão. Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes,descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhespara que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, queconcelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar estaexperiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria,ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos!

3. A última palavra: para servir. No início do salmo proclamado, escutamos estas palavras: «Cantai ao Senhor Deusum canto novo» (Sl 95, 1). Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixarque a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço.

São Paulo, na leitura que ouvimos há pouco, Rdizia: «Eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível» (1 Cor 9, 19). Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos». Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dosnossos irmãos, tal como fez Jesus. 
Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado,quem transmite a alegria da fé, recebe alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de sergenerosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. Na primeira leitura, quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dáo poder de «extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim é também para vocês. Levaro Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras doegoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Amém.